sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Graffiti: Um crime de arte?

"Alguns nascem com ela. Outros nunca a encontrarão. Outros descobrem-na ao longo da vida. Para mim, foi uma estrada turtuosa que me levou a várias formas de vida: de 'hobby' em 'hobby', de "major" em "major", de trabalho em trabalho. No início dos anos noventa, dei-me finalmente conta da minha paixão."
Taeko 170, graffiter nova-iorquino


Quando nos final dos anos sessenta e princípio de setenta alguns miúdos começaram a rabiscar as paredes das casas de banho ou o interior das carruagens do metropolitano nova-iorquino, com os seus próprios nomes ou o nome dos 'gangs' ao qual pertenciam, mal podiam saber que estavam a criar uma nova disciplina no mundo da arte. Apesar do graffiti - do grego "graphein" e do latim "graffito" (desenho ou rabisco numa superfície) - ter já referências na Roma antiga, o termo contemporâneo designa a inscrição de mensagens clandestinas, sobretudo nas paredes e no mobiliário urbano, que podem ir de simples monogramas de uma cor até composições mais elaboradas e de diferentes matizes.

Susan Phillips, investigadora da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA)1 , define o graffiti como uma transmissão de mensagens de carácter "secreto" ou "oculto" - dirigidas a uma comunidade já familiarizada com os seus códigos e símbolos estéticos próprios - e considera-o uma forma de arte pelo facto de possuir cargas simbólicas e formas estéticas baseadas num código de grupo que ultrapassam temporalmente a existência do próprio grupo ou dos indivíduos a ele ligados. Nesse sentido também, o graffiti não deve ser entendido isoladamente mas sim como parte integrante de uma cultura de rua mais vasta que inclui música - 'hip-hop' e 'rap' - e dança - 'breakdance'.

Não se sabe exactamente quando o graffiti contemporâneo se tornou uma arte no sentido estrito do termo. Talvez a partir do momento em que transpôs as ruas e passou a poder ser apreciado nas galerias de arte ou em colecções particulares, mas o facto é que teve origem e se desenvolveu nas zonas degradadas da cidade de Nova York. No início eram apenas assinaturas ('tags') feitas em locais públicos com boa visibilidade, prática que originou o termo 'Writer' - não literalmente escritor, mas mais qualquer coisa como rabiscador. "Taki 183", pseudónimo de um nova iorquino de ascendência grega que se notabilizou por ter sido o primeiro a espalhar de forma sistemática o seu 'tag' pelo espaço urbano, chegou inclusivamente a ser entrevistado por jornais como o "New York Times".

A partir dessa altura o movimento não parou e deu origem a formas aperfeiçoadas de 'tags', que foram evoluindo para formatos maiores, trabalhados em várias cores, até se chegar às autênticas telas ('pieces' - termo abreviado que deriva da palavra "masterpiece", ou obra de arte) de rua que se podem apreciar em várias cidades do mundo. Algumas delas podem ser vistas em sites como www.artcrimes.com, onde se percebe porque razão o grafitti, como argumenta Susan Phillips, pode ser entendido como uma forma de arte.


Arte ou um crime?

É neste contexto que, mais do que se legitimar como uma forma de arte - a partir do momento em que artistas como Keith Haring transpuseram as suas obras clandestinas para galerias e colecções particulares dos Estados Unidos essa deixou de ser uma preocupação - a discussão se centre actualmente em questões mais particulares tais como se o vandalismo (como o graffiti é encarado do ponto de vista legal) pode ser considerado uma forma de arte ou se o graffiti poderá continuar a ser entendido como tal se for feito numa base legal.

"Legalizar o graffiti através da criação de muros especificamente destinados para a pintura não é a solução, porque há-se haver sempre quem queira pintar em locais "ilegais", explica "Biph", pseudónimo de um 'writer' do Porto. Ao seu lado, "Odd", uma das poucas raparigas que na cidade integra um grupo de 'writers", ou 'crew', refere que a ilegalidade é a sua própria "essência" e que regulamentá-lo seria destrui-lo. Ou como argumenta "Neck", pseudónimo de um dos mais conhecidos graffiters alemães: "a pintura ilegal faz parte desta cultura".

A apropriação do espaço público como meio de divulgar mensagens é em tudo semelhante aos murais de rua que se desenvolveram com a revolução russa de 1917, cujo "leit-motiv", porém, residia na mensagem política, e se estenderam ao longo das décadas a países como Portugal. "Não faz sentido confundir grafitti com murais, nomeadamente políticos, já que o grafitti restringe-se habitualmente ao espaço que rodeia o "writer. A única semelhança é estarem pintados numa parede ", diz.

Mas as diferenças entre os murais e o graffiti não se restringem apenas ao nível do conteúdo.

Curiosamente, e de acordo com a definição que lhe dá Susan Phillips, usar tinta ou dispôr de uma parede não constitui uma limitação à produção de um graffiti. Um nome ou um ícone desenhados a dedo numa janela ou parede sujas pode igualmente ser entendido como tal, a partir do momento em que se faz uma "tentativa de criar uma composição coerente". Afinal, o objectivo primordial do grafitti é "ter um estilo", explica "Biph". "Não um estilo em vão, mas um estilo pessoal que se reflecte naquilo que se faz", "Odd", por seu lado, define o graffiti como uma "motivação" para "melhorar os espaços degradados das cidades" e "personalizar o espaço que nos rodeia".

Ao longo dos tempos, só um aspecto se manteve inalterável nas pinturas murais, independentemente do seu género: a perseguição das autoridades - baseada, claro está, na legislação vigente - a quem não procura mais do que trazer um pouco de arte ao quotidiano cinzento das cidades.

Se no princípio era difícil, senão quase impossível, comprar latas de 'spray' em quantidade e em diferentes tonalidades - "por vezes era necessário encomendar e esperar durante semanas para que chegasse material", refere Biph - e a alternativa era recorrer aos sprays de automóvel que se vendem nas drogarias e hipermercados, a partir de meados dos anos noventa, e principalmente em Lisboa, o mercado de aerossois destinados à pintura de rua começou a vulgarizar-se e é hoje um negócio em ascenção. E que prova que o graffiti está longe de acabar.

De facto, é crescente o número de clientes que utilizam esta técnica para embelezar o interior ou o exterior de estabelecimentos comerciais. Muitos 'writers' fazem dela, inclusivamente, uma actividade remunerada e lucrativa. Mas o reconhecimento público não se fica por aqui. Recentemente, "Biph", "Odd" e outro amigo pintaram, sob encomenda do conselho directivo, uma parede lateral de um pavilhão pré-fabricado de uma escola secundária da cidade. "Foi uma sensação fantástica saber que podíamos estar à vontade e que não estávamos a fazer nada de errado".



Veja algumas obras abaixo de graffiteiros:












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Fotos: "English Music Festival"

Essas são as fotos do trabalho que fiz para o English Music Festival da Escola Estadual de Manhumirim.
Repare na perfeição e beleza da obra.


Veja algumas fotos da obra:





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Fotos: "As Consciências Falam"

Para estrear o blog Makanak Pinturas, venho aqui para mostrar-lhes um trabalho belissimo que fiz na Escola Estadual de Manhumirim no dia da Consciência Negra.

O Trabalho se chama "As Consciências Falam"


Veja algumas Fotos deste belissimo trabalho:




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quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

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